quarta-feira, 30 de março de 2016
Autor lança Livro E-Book em Blog
Boris de Pedra, autor, de O Vendedor de Funerária libera sua obra de ficção, do gênero Terror, no formato blog http://ovendedordefuneraria.blogspot.com.br/ . Assim, torna ao público leitor, acesso fácil e sem custos, bastando clicar no link para ler a história de Pedro Botelho, um serial killer, assassino em série, que ganha dinheiro vendendo caixões para suas próprias vítimas. Além da trama intrigante, a capa, impactante, de Rodrigo Motta, tem ganhado bastante destaque devido ao terror que sugere o ritmo da narrativa da noveleta literária de Boris de Pedra.
sexta-feira, 25 de março de 2016
A História do Chimbal do Motorhead
A Verdadeira História do Chimbal do Motorhead
Tive uma banda de rock, nos anos 1990, chamada
Primeira Pedra, em Goiânia, antes que a cidade fosse apelidada de cidade do
rock, por causa do notório festival Goiânia Noise, apesar de termos gravado
duas fitas demo, a seminal em Brasília, tocado no eixo Rio-São Paulo,para
divulgar nosso trabalho, nunca tivemos, a meu ver, o reconhecimento necessário,
talvez por causa do destino, nunca tivemos a relevância, que eu suponha ter, mas
como diria certo magistrado, isso é irrelevante.
O fato é que passado mais de 20 anos, a Primeira
Pedra, ainda causa comoção. Não pelo o rock ou pelo que representou como banda
ou por suas qualidades musicais, aliás, as pessoas em Goiânia, evitavam
comentar o nome; mas por um fato inusitado: A história do chimbal do Motorhead.
Tudo, ou a lenda, às vezes mera ficção, o que não é o caso, surgiu em 2007,
quando Gabriel Thomas, dos Autoramas, fez uma coletânea http://demo-tapes-brasil.blogspot.com.br/2013/05/fim-de-seculo-vol1-coletanea-2007.html , para a Midsummer
Records e Gravadora Discos, do Rio de Janeiro, sobre as bandas undergrounds mais influentes, em
sua opinião, nos anos 1990, estavam lá citado entre outros Raumundos e Pato Fú,
que atravessaram os tempos, também estava a Primeira Pedra.
A Coletânea, distribuída em fita K-7, e pela
internet, constava de uma música, em nosso caso “Ainda Estou Vivo”, de minha
autoria, e um comentário, de um parágrafo, referente à banda. Lá, o
guitarrista, dizia que havia nos conhecido, sugeriu o uso de substâncias,
afinal eram os caretas de Brasília e os malucões que éramos nós. Enfim, falem
de nós, também comentou ,sobre a história do chimbal que teria sido surrupiado.
A verdade dos fatos é a seguinte, entre o final de
1993 e início de 1994, tivemos a
oportunidade de tocar com o Little Quail, banda de Gabriel, nas duas ocasiões,
o baterista deles, Bacalhau, não tinha o chimbal, nem pratos, mas era
esforçado, tanto que vingou no cenário musical, tocando hoje em um programa do
SBT.
Na primeira ocasião, o baterista, Corei Petrus, da
Primeira Pedra, emprestou seu equipamento, que era dele, comprado nos Estados
Unidos; de forma legal, sem arbitrariedades, na segunda ocasião, no Bagdá Café,
lendário bar localizado na praça do Cigano, em Goiânia, já com Oscar Jayme, na
bateria da Primeira Pedra, foi quando , por não possuir s equipamentos de um
músico profissional, o baterista, da
banda do Gabriel, teve que tocar na bateria do Oscar. Cujo o chimbal era mesmo
do Motorhead.
Na época, o chimbal, fora emprestado por uma amigo
em comum, que por acaso tinha o apelido de Motorhead, por sempre andar com a
mesma e surrada camisa preta ostentando
o nome da banda de Lemmy. Esse nosso
amigo em comum, em 1993, foi até São Paulo assistir o show do Motorhead, no
ginásio do Palmeiras, que estava excursionando para divulgar seu mais recente
disco, o álbum “Bastards”. Eram duas noites, sorrateiramente, o nosso
Motorhead, se escondeu por lá, em uma enorme falha da segurança do evento, com o ginásio fechado, o astuto, subiu ao
palco e como era baterista, apesar de nunca vê-lo tocar, foi lá e desmontou o
chimbal, rumou para a rodoviária e veio parar em Goiânia.
Gabriel Thimaz e Daniel Juca, autores da HQ Magnéticos 90
No outro dia o caos estava instalado, pois o chimbal que tinha um número de
polegadas a mais, sendo uma coisa rara, também era de estimação de Phil Animal
Taylor. O cara ameaçou não fazer o show naquela noite. Então, os produtores
viraram São Paulo, de cabeça para baixo, encontrando um similar com as mesmas
polegadas. Consta que o baterista do Motorhead
pensou e tratar de ser o mesmo, mas não era, pois o seu chimbal veio a se
tornar parte da maior história da Primeira Pedra.
Inclusive, nos dias atuais, o nome da banda vem à
tona , em histórias em quadrinhos, inclusive, pegando carona nesse episódio. O
mais inusitado é que o amigo em comum, o Motorhead, sempre que me encontra pede
para citar seu nome, pois as pessoas não acreditam que teria sido ele que
furtou o chimbal.
Detalhe, entre os rockeiros da antiga, todo mundo
conhece o figura, que entre outras armações teria ido para Londres, ao ser
indagado o que faria no Reino Unido, disse ser um perseguido político, que
seria jurado de morte pelo MST. Depois consta que esteve em Atlanta, na
Georgia, nos Estados Unidos onde venderia falsas oportunidades de trabalho aos
conterrâneos brasileiros.
Enfim, assim com essa revelação, espero ter
explicado o caso, isentando de ladrão os ex bateristas da Primeira Pedra, banda
da qual Juarez Petrillo era o guitarrista; e mostrando que existem malandros, em todo caso, a história é
divertida, tendo virado uma ótima HQ. Outra, não foi dada a queixa na Polícia,
pois o baterista do Motorhead voltou para casa, com um chimbal similar,
pensando ser “Rocky , o seu chimbal de estimação.
...
Magnéticos Anos 90 a geração do Rock Brasileiro Lançado em Fita Cassete pode ser adquirida pelo endereço:
"As memórias e as caixas de demo-tapes de Gabriel Thomaz (Autoramas) transformadas em HQ através do traço de Daniel Juca (Tarja Preta), resultando num registro histórico da cena independente dos anos 90. Didático para quem não viveu a época, emocionante para quem viu com os próprios olhos. E, acima de tudo, muito divertido!"
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